Atividade 1 – Pacto
pelo Fortalecimento do Ensino Médio
Caro colega:
Essa atividade
refere-se ao Caderno 1 de Formação de Professores do Ensino Médio. A ideia é
que fomentem reflexões das equipes de trabalho na escola, orientadas por você.
Faça o registro dessas falas, encaminhando para o professor formador.
Nas Diretrizes
Curriculares para o Ensino Médio (DCNEM) afirma-se que o Ensino Médio, em todas
as suas formas de oferta e organização, deve basear-se na formação integral do
estudante, tendo, dentre outros aspectos, o trabalho como princípio educativo,
a pesquisa como fundamento pedagógico e a integração entre educação e as
dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da
proposta e do desenvolvimento curricular.
Constituam grupos de
até cinco colegas e leiam o item 3 do Caderno 1 (Rumo ao Ensino Médio de
Qualidade..., p. 31-40), buscando destacar e registrar as seguintes concepções
que aparecem nessa seção:
a) ensino médio;
b) formação humana;
Em seguida, discutam e
registrem, no âmbito de cada grupo, refletindo sobre essas concepções e a
realidade das escolas em que atuam. Em seguida, reúnam todos os grupos para
socializar as discussões e as conclusões de cada grupo, buscando elaborar a
compreensão do grande grupo.
OBS:
as
ideias e questionamentos finais do debate devem ser registrados e repassados ao
formador que os acompanha.
Resposta.
a)
Ensino Médio.
De acordo com os textos lidos podemos afirma-se que o Ensino Médio é um direito
social de cada pessoa, dever do Estado na sua oferta pública e gratuita a todos
em todas as suas formas de oferta e organização e, na Formação integral do
estudante. Logo o grande desafio é avançar na direção de garanti-lo como
direito igualitário de todos de forma pública, gratuita, laica e com qualidade
socialmente referenciada, sob a responsabilidade do estado, o que inclui o seu
financiamento, conforme anunciam as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN).
b) Formação Humana.
Sobre a formação humana é importante defender a constituição de um Sistema
Nacional de Educação que efetive a integração dos diferentes níveis e
modalidades da educação escolar e a articulação entre as políticas educacionais
e as políticas públicas relativas às demais dimensões da vida social: saúde, economia
e trabalho, cultura, ciência, tecnologia e meio ambiente, nos planos nacional,
regional e local, viabilizando o regime de colaboração entre as instâncias
federal, estadual e municipal, evitando a sobreposição de programas e o
desperdício de recursos públicos.
Tal formação da rede pública de educação, não pode
centrar-se exclusivamente nos conteúdos voltados para o acesso ao ensino
superior, quer seja o vestibular ou o ENEM, tampouco o foco pode ser a formação
instrumental para o mercado de trabalho, centrada na lógica das competências
para a empregabilidade. Ambas são mutiladoras do ser humano. Ambas são
unilaterais ao invés de se apoiarem na “omnilateralidade”
que diz respeito à formação integral do ser humano, desenvolvido em todas as
suas potencialidades, por meio de um processo educacional que considere a
formação científica, tecnológica e humanística, a política e a estética, com
vistas à emancipação das pessoas.
Assim, essa perspectiva
de formação sugere superar o ser humano dividido historicamente pela divisão
social do trabalho entre a ação de executar e a ação de pensar, dirigir ou
planejar;
Superar a redução da preparação para o
trabalho ao seu aspecto operacional, simplificado, escoimado dos conhecimentos
que estão na sua gênese científico-tecnológica e na sua apropriação
histórico-social.
Como formação humana, o que se busca é garantir
ao adolescente, ao jovem e ao adulto trabalhador o direito a uma formação
completa para a leitura do mundo e para a atuação como cidadão pertencente a um
país, integrado dignamente à sua
sociedade política.
Atividade 2 – Pacto pelo
Fortalecimento do Ensino Médio
Caro
colega:
Essa
atividade refere-se ao Caderno 1 de Formação de Professores do Ensino Médio. A
ideia é que fomentem reflexões das equipes de trabalho na escola, orientadas
por você. Faça o registro dessas falas, encaminhando para o professor formador.
Como
foi visto ao longo da leitura do Caderno 1, temos um grave desafio a enfrentar
em nossa realidade educacional, quando a metade (50,9%) dos jovens entre 15 e
17 anos não frequenta o ensino médio e aproximadamente um terço (34,3%) ainda
está, como repetente ou por ingresso tardio, no ensino fundamental. Utilizando
dados da PNAD/ IBGE, vimos que a taxa líquida de matrícula para essa população
passa de 17,3%, em 1991, para 32,7%, em 1999, atingindo 44,2% em 2004 e 50,9%
em 2009 (IBGE, 2010). Os indicadores apresentados são muito importantes na
medida em que expressam a exclusão de grande número de brasileiros do acesso à
educação e da permanência na escola, assim como de outros direitos. A relação entre
educação e participação no desenvolvimento social torna inadiável o
enfrentamento dos problemas. Diante deste quadro, como chegar à universalização
do ensino médio?
Resposta.
No ponto de vista
principal, chegar à universalização do ensino médio deve-se aumentar o
financiamento, tais como 10% do PIB e utilização
dos recursos do Pré-Sal, para cumprir a emenda constitucional que
torna o ensino médio obrigatório a partir de 2016, pois universalizar
o ensino é torna-lo comum a todos, garantindo que todos tenha oportunidade de
ensino, em idade escolar ou não.
Assim o compromisso de universalização e de
democratização do Ensino Médio nos impõe o urgente enfrentamento de vários
desafios, tais como:
Oferecer o atendimento às metas que, direta ou indiretamente, se
relacionam à população com idade entre 15 e 17 anos;
Oferecer o atendimento escolar aos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na
rede regular de ensino;
Oferecer educação em tempo integral em cinquenta por cento das escolas
públicas de educação básica;
Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de EJA na forma integrada à
educação profissional. Ainda que a aprovação dessa lei não implique sua efetiva
aplicação na realidade, há de se levar em conta que o avanço legal traz em si o
reconhecimento do direito e os mecanismos concretos para efetivá-lo.
Assim é importante ampliar a oferta pública de EM de qualidade,
gratuito, pedagogicamente integrado ao seu caráter formativo em termos de
cultura, trabalho, ciência e tecnologia. De modo complementar, que considerem a
necessidade de garantir aos que acessam a escola pública no período noturno a
mesma qualidade que é oferecida no período diurno. Para tanto, a escola pública
estadual terá que promover, em médio prazo, políticas de melhoria das condições
de trabalho e de valorização dos professores e funcionários de escola,
continuidade das ações de manutenção e de promoção de equipamentos escolares e
de construção de novas escolas.